Pesquisas em Ensino de Ciências: da teoria à prática - Vol.2

Autores

Neyla Cristiane Rodrigues de Oliveira
Instituto Federal do Piauí
https://orcid.org/0000-0003-0904-8580
Letícia Sousa dos Santos
Universidade Federal do Piauí
https://orcid.org/0000-0001-6005-0155
Eduarda Medran Rangel
Universidade Federal de Pelotas
https://orcid.org/0000-0003-3334-5091
Denise dos Santos Vila Verde
Universidade Estadual de Santa Cruz
https://orcid.org/0000-0001-7773-5097

Sinopse

O e-book "Pesquisas em Ensino de Ciências: da teoria à prática" é uma coletânea de treze capítulos, que aborda diversas metodologias e estratégias pedagógicas para o ensino de Ciências e Biologia, conectando fundamentos teóricos à aplicação prática em sala de aula. No primeiro capítulo contamos com a teoria da falsificabilidade de Karl Popper, afirmando que uma teoria científica deve ser testável e refutável. No ensino de ciências, essa abordagem promove o pensamento crítico e a investigação. A pesquisa propõe estratégias pedagógicas que incentivam a experimentação, a revisão de teorias e uma educação baseada na análise crítica.

No capítulo 2 uma experiência pedagógica em Vila Velha-ES explorou a injustiça ambiental no ensino de biologia. Os estudantes participaram de uma pesquisa-ação sobre o mapa das injustiças ambientais no Brasil, produziram vídeos registrando situações locais e utilizaram conceitos de ecologia para analisar e comunicar a relação entre ecologia e injustiça ambiental.

A pesquisa do capítulo 3 traz o estudo em uma Escola Agrícola de Lago da Pedra-MA implementou ações sustentáveis alinhadas aos ODS da ONU. Com pesquisa-ação, envolveu alunos em práticas agrícolas, palestras e identificação de PANCs, promovendo educação sustentável, participação comunitária e formação de cidadãos críticos e conscientes sobre sustentabilidade e consumo responsável. Já no capítulo 4 nos convida em uma reflexão sobre a importância da saúde socioambiental no processo de aprendizagem, abordando a relação entre fatores ambientais, sociais e a educação. Enfatiza o papel da família e da escola na construção do conhecimento, sugerindo ações educativas que promovam consciência ambiental, saúde mental e desenvolvimento integral dos alunos.

O capítulo 5 a pesquisa analisa o podcast como metodologia ativa no ensino de Ciências por meio de uma revisão híbrida sistemática-narrativa. Os resultados mostram que o podcast facilita a aprendizagem, promove inclusão, especialmente para alunos com deficiência visual, embora enfrente desafios como dificuldades técnicas, falta de tempo e planejamento adequado. A pesquisa realizada no capítulo 6 investiga as Metodologias Ativas de Aprendizagem no ensino de Física, destacando a importância de inovação e reflexão pedagógica. Através de uma proposta de utilização da Metodologia da Problematização em conteúdo de Eletricidade para o Ensino Médio, busca-se promover um ensino acessível, produtivo e prazeroso, incentivando práticas alternativas entre professores. O trabalho apresentado no capítulo 7 relata a implementação de um Projeto de Ensino sobre métodos de leitura e estudo em Física, realizado na Universidade Federal do Piauí em 2023. Através de grupos de estudos, os alunos foram incentivados a aplicar e criar métodos de estudo personalizados, resultando em maior dedicação e desempenho nas disciplinas de Física.

Uma sequência didática sobre fungos e bactérias para estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental foi estudo do capítulo 8, integrando teoria e práticas cotidianas. A abordagem prática e contextual facilitou a compreensão, estimulando habilidades investigativas e o protagonismo dos alunos no aprendizado, superando as limitações do ensino teórico e fragmentado. O trabalho do capítulo 9 propõe estratégias criativas para o ensino dos sistemas do corpo humano com alunos do 8º ano, incentivando a representação dos sistemas escolhidos em papel e em camisetas. A atividade promoveu intensa participação, criatividade e uma abordagem mais envolvente, além de ir além das tradicionais provas para avaliar o aprendizado. O capítulo 10 investigou o processo de alfabetização científica no ensino de ciências, utilizando os Indicadores de Alfabetização Científica (IACs) para avaliar o desenvolvimento dos alunos. A análise das interações discursivas em uma aula sobre a origem do universo revelou que, mesmo em uma abordagem expositiva, é possível promover práticas que favorecem a alfabetização científica. O relato do capítulo 11 descreve a vivência pedagógica de um mestrando durante o estágio supervisionado I no PPGEECA, focando na escola do campo. A pesquisa exploratória e qualitativa identificou desafios como a infraestrutura inadequada, falta de recursos e professores fora da área de Ciências, destacando a necessidade de aprimoramento nas condições educacionais. Já no capítulo 12 o estudo analisa como o estágio supervisionado IV, aliado à teoria defectológica de Vigotski, contribuiu para a formação docente e a prática pedagógica na licenciatura em Ciências Biológicas. A pesquisa qualitativa, baseada em um relato de experiência, enfoca a inclusão de alunos com deficiência, ressaltando as potencialidades e oportunidades de aprendizagem, em vez de focar nas dificuldades, e promovendo práticas pedagógicas heterogêneas e inclusivas.

Finalizando com o capítulo 13 o estudo investigou a importância da ludicidade no ensino de Biologia durante o estágio supervisionado IV do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. A criação de um tabuleiro com o tema "Saúde em Equilíbrio" melhorou o desempenho dos alunos do 1º ano do Ensino Médio, tornando-os mais interessados e coesos, evidenciando a eficácia dos jogos didáticos como estratégia pedagógica no ensino de Biologia.

Desejamos que esta valiosa contribuição possa ajudar estudantes, profissionais e pesquisadores nas suas pesquisas e ampliação do conhecimento.

 

Eduarda Medran Rangel

 

 

Capítulos

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Neyla Cristiane Rodrigues de Oliveira, Instituto Federal do Piauí

Mestra em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA/UFPI). Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas Ambientais do Maranhão, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (GEPAM/IFMA). Especialista em Ensino de Ciências pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI), Especialista em Ensino de Genética pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Estagiária bolsista-CNPq na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa, Centro de Pesquisa Agropecuária do Meio-Norte/Teresina, PI, adquirindo experiências na área de Ciência do Solo (coleta, manejo, propriedades químicas, biológicas e fauna edáfica). Bolsista CAPES/UFPI (2019/2021) adquirindo experiências em Meio Ambiente, Ensino, Educação Ambiental e Mudanças Climáticas. Docente na Educação Básica e Ensino Superior, nas instituições: Escola Municipal Nossa Senhora da Conceição (EMNSC), Ensino Fundamental-Ciências (2015); Professora substituta EBTT de Biologia no IFMA/Campus Alcântara (2015-2017); Professora Substituta EBTT no IFPI/ Campus São João do Piauí (2021-2023). Editora-chefe das revistas científicas (Journal of Education, Science and Health –JESH, Revista Ensinar -RENSIN) e da Wissen Editora.

Letícia Sousa dos Santos, Universidade Federal do Piauí

Possui Graduação em Licenciatura em Ciências da Natureza (2018) e Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente (2021) pela Universidade Federal do Piauí. É Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente em Rede na Universidade Federal do Piauí. É sub-coordenadora do Grupo de Pesquisa em Etno e Educação Ambiental da Universidade Federal do Piauí. Desenvolve pesquisas na área da Botânica, Etnobotânica, Etnozoologia, Educação Ambiental e Ensino de Ciências.

Eduarda Medran Rangel, Universidade Federal de Pelotas

Professora do Centro de Integração do Mercosul, lotada no curso de gestão Ambiental na Universidade Federal de Pelotas. Possuo graduação em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (2013), Saneamento Ambiental pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (2015), Licenciatura em Química (R2) e Engenharia Ambiental pela Universidade de Franca (2019)(2023), Licenciatura em Matemática (2022), Especialização em Educação Ambiental Urbana (2015), Especialização em Química Ambiental pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (2016) e especialização em Atendimento Educacional Especializado (2024), mestrado e doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Pelotas (2016)(2020). Tenho experiência na área de análise de metais, monitoramento ambiental, química ambiental, gerenciamento de resíduos sólidos, tratamento de efluentes, materiais cerâmicos, cálculos relacionados a projetos hidráulicos, educação, ensino de ciências, ensino de matemática, produtos pedagógicos, feiras e ciências e mostras científicas.

Denise dos Santos Vila Verde, Universidade Estadual de Santa Cruz

Graduada em Engenharia Florestal pela UFRB, com experiência como bolsista Fapesb em ciência do solo (2014 - 2015). Bolsista Fapesb/CNPq no Laboratório de Cultura de Tecidos da Embrapa Mandioca e Fruticultura, focando em micropropagação de citros, mandioca, inhame e mamão (2015 - 2018). Mestre em Ciências Agrárias pela UFRB, pesquisando conservação in vitro de germoplasma de inhame na Embrapa (2020), como bolsista Capes. Doutora em Produção Vegetal na UESC, como bolsista Capes, desenvolvendo minha tese com indução de haploides e polipoides em citros, além de contribuir com outros trabalhos da cultura e de mandioca, mamão e inhame. Além disso, atuo como professora conteudista/autora desde 2023 na Delinea EDTECH, desenvolvendo materiais didáticos para disciplinas como Hidrologia, Irrigação e Drenagem, Fruticultura, Extensão Rural, e também em oficinas voltadas para a indústria sucroalcooleira e regulamentos de operação de prensa. Também desempenho um papel ativo na organização de eventos, especialmente como membro da Comissão Científica da Bio10 Digital Cursos, contribuindo para a coordenação e qualidade dos conteúdos apresentados.

 

Downloads

Próximo

21 fevereiro 2025

Licença

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.