EDUCAÇÃO SOB VÁRIAS ÓTICAS: VIVÊNCIAS, SABERES E PERSPECTIVAS

Autores

Anna Karla Barros da Trindade
Cleonice Moreira Lino
Francisco de Paula Santos de Araújo Júnior
Francisco Renato Pereira Brito
Hágattha Emannuelly Batista de Jesus
Isaac Henrique Dias   Monteiro
Josélia Paes Ribeiro de Sousa
Nathecio Nathanael dos Santos

Sinopse

Prezado leitor,

 

É com grande satisfação e entusiasmo que lhe damos as boas-vindas ao livro "Educação sob várias óticas: Vivências, Saberes e Perspectivas". Nesta obra, convidamos você a embarcar em uma jornada intelectual que nos levará através de um vasto e diversificado cenário educacional, onde as fronteiras são dissolvidas e as perspectivas se multiplicam.

A educação é um dos pilares fundamentais da nossa sociedade, uma força que molda o presente e esculpe o futuro. No entanto, ela não é um monólito uniforme; pelo contrário, é um campo complexo e multifacetado que é moldado por diversas influências, experiências pessoais e visões de mundo. É nesse contexto que este livro encontra seu propósito.

Nosso objetivo é explorar a educação sob diversas óticas, mergulhando nas experiências vividas por pessoas comuns, nas riquezas dos saberes tradicionais e contemporâneos, e nas transformações que as tendências emergentes estão promovendo na forma como aprendemos e ensinamos.

No material, aqui apresentado, você encontrará inspirações de indivíduos que enfrentaram desafios extraordinários em seu caminho educacional, provando que a educação é uma jornada única e pessoal para cada um de nós. E isso nos lembra que, independentemente das adversidades, a busca pelo conhecimento é uma força motriz inextinguível.

Nesta obra, você será conduzido a uma imersão profunda em uma série de temas abordados em capítulos, cada qual representando uma perspectiva única da educação. Estes se apresentam da seguinte maneira:

O primeiro capítulo de Elane Lobato de Brito, Anna Karla Barros da Trindade e Flávio de Ligório Silva intitulado “CRENÇAS DE PROFESSORES NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE A PARIDADE DE ZERO” aborda as crenças de professores que lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental em relação à paridade de zero e apresenta uma proposta de ensino para auxiliar no desenvolvimento dessa habilidade matemática. A paridade de zero refere-se à capacidade de compreender que o número zero é um número par. O texto se baseia em um estudo bibliográfico qualitativo, com pesquisas realizadas em bases de dados como a scielo. Os dados foram analisados ​​utilizando a análise de conteúdo, buscando identificar as crenças e indícios dos professores sobre a paridade de zero e suas tentativas no processo de ensino-aprendizagem. Os resultados revelaram uma diversidade de crenças e concepções entre os professores. Alguns documentos fornecem uma compreensão clara da paridade de zero, reconhecendo que, por definição, o zero é um número par. No entanto, outros professores adotaram concepções equivocadas, associando o zero à ideia de neutralidade e não atribuindo a ele uma paridade específica. Com base nos resultados da pesquisa, propôs-se uma intervenção pedagógica para auxiliar no desenvolvimento da compreensão da paridade de zero. Essa proposta envolve atividades práticas e contextualizadas, nas quais os alunos podem explorar a paridade de zero em diferentes situações. Além disso, sugere-se o uso de estratégias de ensino como a modelagem e a resolução de problemas para aprofundar a compreensão dos alunos. Acredita-se que o estudo pode contribuir para o aprimoramento da compreensão dos alunos sobre a paridade de zero, além de auxiliar os professores na superação de concepções equivocadas. O autores mostram que é fundamental investir na formação dos professores, fornecendo-lhes recursos e estratégias pedagógicas que possam aprimorar suas práticas de ensino e, consequentemente, promover uma aprendizagem mais significativa dos alunos em matemática, e mais enfático aqui, em relação à paridade de zero.

O segundo  texto “A GEOGRAFIA E A BNCC DO ENSINO MÉDIO: UMA ANÁLISE DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS DA SEE- PIAUÍ” de autoria de Francisco Welton Machado e Marcos Gomes de Sousa nos mostra como as reformas curriculares são incontestavelmente cruciais para a compreensão dos caminhos que a educação trilha e para a moldagem dos sistemas de ensino que norteiam o desenvolvimento dos estudantes.  Trazem, ainda, que a introdução de uma nova estrutura curricular representa um marco significativo, proporcionando-nos uma visão aprofundada da importância das diversas disciplinas no processo de aprendizado dos alunos. Em consequência, os conteúdos disciplinares se tornam susceptíveis às diretrizes impostas pelas Secretarias de Educação.

Este capítulo, alicerçado nessas ponderações, tem como propósito principal a investigação do papel da Geografia como disciplina escolar, dentro do contexto da implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio, com um foco particular nas decisões tomadas pela Secretaria Estadual de Educação do estado do Piauí, a SEE-Piauí. Neste estudo, os autores adotaram como recurso metodológico a análise das rotas de aprofundamento e dos itinerários formativos propostos pelo novo currículo, cuja revisão e reformulação foram submetidas à apreciação preliminar entre julho e agosto de 2020.

Os resultados desta pesquisa revelam uma tendência preocupante: a Geografia parece estar gradativamente perdendo espaço nas áreas de conhecimento que lhe são inerentes, clamando por uma maior interação e integração com as demais disciplinas presentes nos Arranjos Curriculares. Essa constatação nos alerta para a necessidade premente de uma reflexão mais profunda sobre o lugar da Geografia no cenário educacional atual e a importância de suas contribuições para a formação integral dos estudantes.

Ao adentrar nesta investigação, convidamos você, leitor, a refletir conosco sobre o impacto das reformas curriculares na configuração do sistema de ensino e na valorização das disciplinas que o compõem. Convidamos também a ponderar sobre o futuro da Geografia no contexto educacional, enquanto buscamos, juntos, compreender e direcionar os rumos da educação em nossa sociedade em constante evolução.

Os saberes e conhecimentos são celebrados em toda a sua diversidade. De tradições milenares a inovações contemporâneas, você descobrirá como diferentes culturas, disciplinas e abordagens enriquecem o nosso entendimento do mundo. O conhecimento não é estático; ele evolui, se transforma e se entrelaça de maneiras surpreendentes.

Com a grande demanda e inovação que requisita o sistema educacional atual, houve uma grande ascensão no número de oportunidades para pessoas ingressarem no ensino superior e conseguir qualificação. Isso se tornou realidade, especialmente, com a criação do Plano Nacional de Educação em 9 de janeiro de 2001. Nessa elaboração foram criadas 235 metas educacionais, das quais 35 foram para o ensino superior, indicando uma preocupação com essa massificação. No entanto, em decorrência deste aumento surgiram alguns desafios e um deles é a evasão universitária que gera prejuízos sociais, econômicos e acadêmicos. Por isso, o capítulo seguinte A EVASÃO NO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA” de autoria de Otoniel Ambrósio de Sousa e Josélia Paes Ribeiro de Sousa mostra como é basilar existir pesquisas sobre o tema e trazem como objetivo versar sobra a problemática da evasão nos cursos de Licenciatura em Matemática.  A pesquisa trata-se de um estudo bibliográfico de natureza qualitativa. Os autores utilizaram como base de dados as plataformas Scielo, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações e Google Acadêmico. Verificaram que a evasão, no sentido conceitual, está longe de haver uma conformidade, mas é consensual que se crie estratégias para permanência dos alunos. Ademais, averiguaram que a evasão está ligada a fatores internos como: dificuldades em algumas disciplinas, questões psicológicas, falta de orientação profissional e externos como: formação débil do ensino médio, questões socioeconômicas, pressão familiar. Na revisão também ficou explicito que há uma baixa procura pelos cursos de Licenciatura derivado da desvalorização da profissão, péssimas condições de trabalho e baixos salários, e que muitos alunos evadem deste curso por não ter vocação para a prática docente (desmotivações ao longo do curso, falta de incentivo).

Seguindo, temos o texto de Gessica de Sousa Rodrigues, Leidiane Magalhães de Araújo Barros e Andreia Borges Lustosa intitulado “METODOLOGIA NO ENSINO DE MATEMÁTICA PARA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA”, a escrita considera as diversas possibilidades de metodologias que podem ser utilizadas no ensino de matemática e que podem melhorar o processo de aprendizagem. A pesquisa se justifica por se propor a abordar um tema que requer bastante atenção, inicialmente por se tratar de um estudo que permite discutir dificuldades pontuais no ensino de matemática e, posteriormente, por considerar em sua análise a apreciação de métodos que podem proporcionar um ensino mais significativo da disciplina. Diante das dificuldades de compreensão dos conceitos de matemática, dos desafios educacionais, este estudo tem como problemática: quais metodologias poderão auxiliar na aprendizagem significativa dos alunos no ensino de matemática? A escolha do tema deve-se a sua importância na aprendizagem e surgiu a partir das inquietações acerca dos desafios apresentados ao longo dos anos no ensino e na aprendizagem da matemática.  Este estudo teve como objetivo geral: Analisar a importância das metodologias para a redução das dificuldades de aprendizagem no ensino de matemática. Abordou-se os seguintes objetivos específicos: Compreender a evolução na história da matemática; Pesquisar acerca da metodologia no ensino de matemática e suas implicações na aprendizagem dos estudantes; Apresentar sugestões de metodologias no ensino da disciplina de matemática como possibilidade de aprendizagem significativa. A metodologia utilizada foi de abordagem qualitativa do tipo bibliográfica, configurando-se como uma revisão integrativa da literatura. Baseada nas ideias de autores como Andrade e Stach (2018), Murillo (2022), Duarte (2022). A pesquisa mostrou que o processo de ensino da matemática é cercado por desafios e que as dificuldades dos alunos em aprender a matemática está relacionada à diversas causas. No entanto, as aplicações de metodologias diversificadas podem contribuir na construção do conhecimento dos alunos. Além disso, há diversas atividades que podem ser adaptadas como instrumento de ensino de conteúdos matemáticos.

Pertinente ao estudo anterior, o texto “MATEMÁTICA NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: METODOLOGIAS PARA O SUCESSO DA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DO 6º ANO” escrito por Mariléia Viana de Souza Silva, Leidiane Magalhães de Araújo Barros e Andreia Borges Lustosa traz uma pesquisa que culminou na produção desse capítulo, partiu da seguinte questão problema: “Quais metodologias podem auxiliar na aprendizagem em matemática no ensino fundamental II?”, cuja hipótese é a de que o tema estudado é assunto largamente discutido e questionado pelos seus aplicadores - os professores, de modo que uma das grandes questões elaboradas e o ponto apontado por pesquisas é o sucesso dos métodos de ensino no que diz respeito à aprendizagem alcançada pelos alunos. Destarte, para a compreensão do tema, o trabalho tinha como objetivo geral, apresentar metodologias que influenciam na aprendizagem de matemática no ensino fundamental, séries finais (6º ano) e, especificamente, pesquisou-se entre os autores Penteado (2014), Onuchic e Diniz (2008) Bandeira Júnio (2013) D’Ambrósio e Ponte  (2010) sobre metodologias de ensino de matemática; mostrou-se como a BNCC apresenta habilidades e competências para os alunos através do  desenvolvimento de conteúdos de matemática para o 6º ano das séries finais do Ensino Fundamental e listou-se as metodologias abordadas no ensino de matemática, tendo como foco de construção a partir das metodologias que, quanto ao tipo de pesquisa, trata-se de pesquisa qualitativa, com a abordagem metodológica exploratória, de modo que a obtenção de dados fora realizada por meio da técnica de análise bibliográfica e coleta documental.

Das metodologias abordadas no capítulo anterior os autores Glemson Araujo Reis e Anna Karla Barros da Trindade fazem menção mais detalhada ao estudo de Modelagem, com o capítulo intitulado “MODELAGEM MATEMÁTICA PARA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DA GEOMETRIA PLANA: ÁREAS DE FIGURAS NO COTIDIANO”. No cenário atual da educação, as novas orientações propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Básico indicam a necessidade de assegurar o desenvolvimento de competências para tentar despertar curiosidade de aprender nos alunos. Em vista disso esta escrita aborda a utilização da modelagem matemática como estratégia de ensino para promover a aprendizagem significativa da geometria plana, com foco no cálculo de áreas de figuras presentes no cotidiano dos alunos. A geometria plana é um ramo fundamental da matemática que estuda as propriedades das figuras bidimensionais, e o cálculo de áreas é uma habilidade essencial nessa área. A aprendizagem significativa é um processo no qual os alunos constroem conhecimento de forma ativa, relacionando os novos conceitos com seu conhecimento prévio e estabelecendo conexões com situações reais. A modelagem é uma abordagem pedagógica que busca justamente essa construção ativa do conhecimento, por meio da investigação de problemas reais, da formulação de hipóteses e da experimentação.  Os autores elecaram, neste estudo, as expectativas e os desafios do ensino com Modelagem Matemática, a fim de incentivar os professores a conhecerem e até mesmo a incorporarem em sua prática docente. Observou-se que a modelagem matemática é uma abordagem eficaz para promover a aprendizagem significativa da geometria plana. Os alunos exigem maior interesse e engajamento nas atividades, além de desenvolverem uma compreensão mais profunda dos conceitos de área e das relações entre as figuras geométricas. Além disso, pode-se perceber a aplicação da geometria em situações do seu cotidiano, o que contribui para uma maior motivação e controle do aprendizado. Portanto, a utilização da modelagem matemática no ensino da geometria plana, especialmente no cálculo de áreas de figuras no cotidiano, pode ser uma estratégia valiosa para promover uma aprendizagem significativa dos alunos. Essa abordagem pedagógica estimula a participação ativa dos estudantes, incentiva a construção do conhecimento de forma contextualizada e favorece a compreensão dos conceitos matemáticos em um contexto real e significativo.

Em consonância com a busca por uma nova abordagem em sala de aula, através de têndecias educacionais, mas voltando-se para a disciplina de Física os autores Enivaldo Assenço de Souza, Cleonice Moreira Lino e Hágattha Emannuelly Batista de Jesus trazem no capítulo sete, o texto “ENSINO DE FÍSICA: MÉTODOS E TENDÊNCIAS DA ATIVIDADE PEDAGÓGICA” que aborda como o processo de ensino e de aprendizagem está em contínuo aperfeiçoamento e em permanente processo de mudança, se consolidando em novos métodos, apontando novas tendências. Nele mostra-se que as tendências educacionais visam corresponder às necessidades apresentadas em cada tempo. Rever métodos e técnicas de ensino para que ocorra aprendizagem deve ser uma prática constante dos docentes como ação de aprimoramento do ensino para efetivação da aprendizagem. E diante disso, as metodologias usadas para o ensino de Física devem ser revisitadas e revistas, tendo como pressuposto, a maneira como a Física é apresentada aos alunos, primando por aproximá-la da realidade. Logo, partindo dessa problemática, a pesquisa objetiva investigar quais métodos de ensino de Física vem sendo utilizados para aprimorar o processo de aprendizagem analisando os resultados destas metodologias. O estudo elenca e descreve as tendências inovadoras surgidas na última década, as quais são consideradas orientadoras da aprendizagem significativa dos estudantes. Pautada em Bardin (2016) com abordagem qualitativa, a pesquisa bibliográfica é fruto de um levantamento dos trabalhos bibliográficos, que tratam dessa temática, num recorte temporal dos últimos dez anos. Verificou-se a presença de metodologias ativas e inovadoras que se baseiam nas metodologias clássicas bem como a presença da interdisciplinaridade no ensino de Física.

Ao abordar a disciplina de Física, é crucial reconhecer a crescente evolução do nosso mundo e suas implicações no cenário educacional atual. O recente redimensionamento do currículo de Ensino Médio no estado do Piauí marca um avanço significativo na tentativa de sintonizar a educação com as demandas do século XXI. E é neste cenário que os autores Jeane Dos Santos Reis, Cleonice Moreira Lino e Fernando Alves Nunes destacam a importância e impacto da  Física quando trazem o capítulo A FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO E O CURRÍCULO DO PIAUÍ”. Este capítulo aborda as mudanças ocorridas na Física no Novo Ensino Médio (NEM) com enfoque no currículo das escolas Estaduais do Piauí. Faz um apanhado dos processos de mudanças ocorridos ao longo das décadas e analisa a estrutura dos documentos legais que regem a educação brasileira no que se refere à reforma da proposta curricular para o ensino médio no Brasil com a Base Nacional Curricular Comum (BNCC) e no Piauí. É uma pesquisa bibliográfica e documental de caráter qualitativo que conta com autores de referência em currículo como Arroyo (2013), Sacristán (2013) e Santomé (2013), elenca produções científicas acerca da temática e analisa o Currículo do Estado do Piauí no ensino de Física. O estudo traça um breve contexto histórico sobre o currículo e a trajetória da Base e seus impactos no ensino de Física tendo como exemplo o Currículo do Piauí e como práticas os resultados de pesquisas realizadas. Os autres registram alguns desafios para os profissionais da Física no tocante a garantir espaços no currículo, em relação a condições de trabalho, formações que garantam atuação coerente e traz reflexões sobre a carreira do profissional da física na consciência de que o currículo é um espaço de disputas.

Seguindo com os capítulos, temos “A INCLUSÃO ESCOLAR NO ENSINO DE MATEMÁTICA E O PAPEL DAS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS”  que é um tema de extrema relevância no contexto educacional contemporâneo. Neste capítulo, os autores, Wanderson Maia Nunes e Cleonice Moreira Lino, exploram como as tecnologias assistivas podem ser ferramentas poderosas para promover a inclusão de estudantes com necessidades especiais no ensino de matemática.

A matemática é uma disciplina fundamental no currículo escolar e desempenha um papel crucial no desenvolvimento cognitivo e na formação acadêmica dos alunos. No entanto, muitos estudantes com deficiências enfrentam desafios significativos ao aprender matemática devido a barreiras físicas, sensoriais, cognitivas ou motoras. A inclusão desses alunos no ambiente escolar tradicional requer estratégias e recursos adaptados para atender às suas necessidades individuais. As tecnologias assistivas desempenham um papel vital nesse contexto. Elas englobam uma ampla gama de dispositivos, softwares e recursos que podem auxiliar os estudantes com deficiências a participar plenamente das aulas de matemática. Por exemplo, softwares de voz podem ler em voz alta os problemas matemáticos para alunos com deficiência visual, enquanto programas de reconhecimento de fala permitem que estudantes com dificuldades motoras expressem suas respostas de maneira mais acessível. Além disso, aplicativos e dispositivos de realidade virtual podem criar ambientes de aprendizado interativos e imersivos, tornando o ensino de matemática mais envolvente e compreensível para todos os alunos. Por isso, o objetivo geral do estudo foi discorrer sobre as tecnologias assistivas utilizadas no ensino de matemática e as possibilidades que essas apresentam para facilitar o ensino e aprendizagem de modo a viabilizar a inclusão escolar.

No capítulo, os autores também discutem as resistências, limitações e barreiras encontradas pelos professores para ensinar matemática para pessoas com deficiência, superdotação e altas habilidades que é decorrente de vários fatores. A falta de tecnologias assistivas é uma delas. Além disso, traz um estudo qualitativo de cunho bibliográfico intencionando mapear as tecnologias assistivas utilizadas no ensino de matemática estruturando um estudo que oriente e contribua para a promoção da inclusão de alunos com deficiência, altas habilidades e superdotação nas classes regulares. Como aporte teórico utilizaram os estudos de Sassaki (2007), Mantoan (2004), Vigotsky (1989), Giroto (2012), Bersch (2007), Galvão Filho (2009), Silva (2014), Moreira (2012), Oliveira (2006), Comitê de Ajudas Técnicas (2007), dentre outros. Os autores destacam que para que essas TAs contribuam de forma positiva na construção do aprendizado dos alunos, é preciso que haja, também, uma melhoria e adequações nos ambientes escolares, apoio tanto dos professores quanto dos demais profissionais da instituição, além da parceira com a família e redes de apoio. A inclusão não se trata apenas de disponibilizar recursos tecnológicos, mas também de criar uma cultura escolar que celebre a diferença e promova a colaboração e o apoio mútuo entre todos os estudantes, também.

O capítulo “EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS-EJA: perspectivas curriculares para aprendizagem significativa” de Luziene Vilarinho dos Reis e Nathecio Nathanael dos Santos  traz uma discussão acerca da Educação de Jovens e Adultos (EJA) abordando esta temática sob diferentes perspectivas e destacando o seu avanço no aspecto organizacional e conceitual. Este estudo tem como problemática o seguinte questionamento:  Como deve ser organizado o currículo para que o processo de ensino proporcione uma aprendizagem significativa para os estudantes da EJA? A escolha do tema se deu pela importância de conhecer e pesquisar sobre a EJA e o seu papel na formação humana. A importância da pesquisa também se dá pela necessidade como acadêmica em conhecer os princípios e objetivos da EJA conhecendo a tarefa do professor como profissional capaz de estimular jovens e adultos considerando as especificidades desse segmento. O objetivo geral deste estudo é descrever a importância da organização curricular na EJA para uma aprendizagem significativa. Para que isso seja alcançado, elencamos os objetivos específicos: I) caracterizar a EJA: conceitos, história e bases legais, II) descrever as práticas pedagógicas que proporcionam uma aprendizagem significativa, III) verificar os currículos adaptados para essa realidade. Baseada em uma metodologia do tipo qualitativa, exploratória com levantamento bibliográfico, orientada pela investigação, revisão e análise em material teórico e documentos sobre a Educação de Jovens e Adultos, esse capítulo considera os aspectos históricos para compreender o atual momento que se passa a educação de jovens e adultos. Compreendeu-se que o currículo para a educação de jovens e adultos deve contemplar as demandas cotidianas dos seus alunos com atividades adaptadas para trabalhar em sala de aula já que a maioria trabalha durante o dia e isso acaba impossibilitando na realização de atividades extraclasse.

Percorrendo o capítulo A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO CURSO DE MATEMÁTICA NO INSTITUTO FEDERAL PIAUÍ, CAMPUS CORRENTE: AS DISCIPLINAS PEDAGÓGICAS EM EVIDÊNCIA” das autoras Aline Lobato de Brito e  Anna Karla Barros da Trindade vemos que o ensino da matemática é um pilar fundamental na formação de indivíduos capazes de compreender e aplicar conceitos matemáticos em diversos contextos. No entanto, para que essa formação seja efetiva, é imprescindível que os professores tenham uma base sólida tanto na área de matemática quanto nas disciplinas pedagógicas. Nesta escrita, será discutida a importância das disciplinas pedagógicas no curso superior de matemática, destacando como elas contribuem para a formação de profissionais capacitados e comprometidos com o ensino de qualidade. Dessa forma, foi realizada uma revisão da literatura e documentos relacionados ao tema, explorando a formação de professores no curso de matemática, com o intuito de contribuir para a compreensão dos leitores sobre essa temática específica. Como problema tem se a pergunta: as disciplinas específicas têm uma primazia em relação às disciplinas pedagógicas? E como objetivo principal o estudo busca compreender a importância das disciplinas pedagógicas na formação de professores de Licenciatura em Matemática no IFPI - Campus Corrente. Para embasar a fundamentação teórica, recorre-se a autores como Pires (2000), Cury (2001), entre outros, que abordam a falta de integração entre as disciplinas específicas e pedagógicas. Concluiu-se então que investir nessas disciplinas é essencial para promover um ensino matemático significativo e enriquecedor para que os alunos se tornarem cidadãos críticos e participativos na sociedade.

Por fim, o capítulo “UM ESTUDO DO PERFIL DOS INGRESSANTES DO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA DO IFPI: entendendo o alto índice de evasão” das autoras Valquíria dos Santos Lima e Anna Karla Barros da Trindade dispôs a mostrar a evasão discente no Instituto Federal do Piauí-IFPI, Campus Corrente, com a finalidade de verificar os índices de evasão, bem como o conhecimento da coordenação de ensino sobre a situação e as possíveis soluções para diminuir as ocorrências. Para a elaboração da pesquisa fez-se um estudo bibliográfico, apoiado numa metodologia quanti-qualitativa. O Referencial Teórico contou com algumas definições de evasão, além de relacionar as razões acerca do abandono discente do ensino superior no curso de matemática, dialogando com autores que tratam da temática, e voltando o olhar para a instituição aonde realizou- se a investigação. Por fim, considerou-se que para lidar com a evasão de cursos superiores, em especial o curso de matemática, é importante que as instituições de ensino adotem estratégias para melhorar a retenção dos estudantes.

No cenário atual em constante evolução, exploramos como a educação está se adaptando e se reinventando. Este livro oferece uma visão abrangente dos desafios e oportunidades que estes estudos traz para a educação.

Por fim, olhamos para o futuro. As perspectivas que apresentamos neste livro são visões especulativas, mas fundamentadas, sobre o que pode vir a moldar a educação nos anos vindouros. A mudança é constante, e a educação deve se adaptar e evoluir para atender às necessidades de uma sociedade em transformação.

Em "Educação sob várias óticas: Vivências, Saberes e Perspectivas", você encontrará uma riqueza de conhecimento, experiências e ideias que irão desafiar e inspirar. Este livro não busca fornecer respostas definitivas, mas sim incitar perguntas e promover uma apreciação mais profunda da educação em sua multiplicidade.

Agradecemos aos autores por sua dedicação e insight na criação deste livro e a você, caro leitor, por embarcar nesta jornada conosco. Que este livro lhe proporcione uma visão ampliada da educação e inspire reflexões que contribuam para um futuro mais enriquecedor e igualitário para todos.

 

Com gratidão e entusiasmo,

Anna Karla Barros da Trindade

Cleonice Moreira Lino

Francisco de Paula Santos de Araújo Júnior

Hágattha Emannuelly Batista de Jesus

Isaac Henrique Dias Monteiro

Josélia Paes Ribeiro de Sousa

Nathecio Nathanael dos Santos 

Francisco Renato Pereira Brito

Capítulos

Biografia do Autor

Anna Karla Barros da Trindade

Graduada em Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade Federal do Piauí (2012) e Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional - PROFMAT pela Universidade Federal do Piauí (2018). Atualmente é professora EBTT do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Piauí - IFPI.

Cleonice Moreira Lino

Possui graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade Federal do Piauí (1996) e mestrado em Educação pela Universidade Nove de Julho (2018). Atualmente é professora EBTT do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Piauí - IFPI.

Francisco de Paula Santos de Araújo Júnior

Graduação em LICENCIATURA PLENA EM MATEMATICA pela UFPI (2012). Mestrado em Matemática UESPI/ PROFMAT (2018), Cursando Doutorado em Educação UFPI. Atualmente é membro grupo de pesquisa-PI da Universidade de Brasília e professor da Secretaria de Educação do Piauí – SEDUC.

Francisco Renato Pereira Brito

Graduado em Gestão da Tecnologia da Informação/Tecnólogo pelo UNINTA, Sobral-CE. Atualmente é graduando em Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba UFDPar, Parnaíba-PI.

Hágattha Emannuelly Batista de Jesus

Possui graduação em LETRAS - LÍNGUA INGLESA E LITERATURAS DE LÍNGUA INGLESA pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). E Licenciatura em Física pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Especialização em Metodologia do Ensino de Língua Inglesa pela FAVENI.  Atualmente é professora da Secretaria Municipal de Educação – SEMED.

Isaac Henrique Dias   Monteiro

Graduado em Licenciatura Plena em Física pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI.

Josélia Paes Ribeiro de Sousa

Mestre em Solos e Nutrição de Plantas - UFPI. Licenciada em Química pela UESPI, Bacharel em Administração pela UFPI. Atualmente é professora de Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – IFPI.

Nathecio Nathanael dos Santos

Possui LICENCIATURA EM FILOSOFIA pela FACULDADE MEIO NORTE (2011) e LICENCIATURA EM PEDAGOGIA pela FACULDADE de EDUCAÇÃO DA SERRA (2006). Especializações: em PSICOPEDAGOGIA clínica, institucional e hospitalar pela faculdade Ítalo-Brasileira (2016), em FILOSOFIA com ênfase em Ciências da Religião pela FECR (Faculdade Evangélica Cristo Rei - 2011) em História da Filosofia Contemporânea pela FACULDADE DO MEIO NORTE FAEME (2011). Atualmente é professor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Piauí - IFPI.

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Publicado

2 dezembro 2023

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